Logo Logo

Inventário da cena paulistana

O Inventário da Cena Paulistana está sendo realizado por etapas, divido em períodos mais ou menos extensos, em função do contexto histórico da cidade e do próprio país. O primeiro, já concluído, abarcou várias décadas e atravessou os séculos. Começando em 1763, concluía-se em 1930. Isso se justificava na medida em que o número de teatros existentes era bastante reduzido, não passando de uma dezena até o fim do século XIX.

Devemos explicar inicialmente que consideramos um “espaço” a cada vez que ele assume um nome próprio distinto, ainda que se trate do mesmo edifício. Então, para um mesmo endereço, podemos ter um “empilhamento” de teatros sucessivos. Este é o caso, por exemplo, do endereço da rua Boa Vista, que tendo sido inaugurado em 1873 como Teatro Provisório, passou a ser, ao longo dos anos, Teatro Ginásio, Teatro Variedades Paulistas, Teatro Congresso Ginástico Português, Alcazar Paulista, Teatro Minerva, Teatro Apolo até ser demolido em 1899. A cada mudança de denominação (sempre referidas nas biografias e fichas), o espaço ganhava nova configuração, novos proprietários, nova proposta comercial.

Para esse período foram identificados 172 espaços utilizados para apresentações teatrais. Eles poderiam ser tanto edifícios construídos especificamente como teatros, edifícios adaptados para essa finalidade ou salões que abrigaram a cena, em geral amadora, da cidade.

De todos eles apenas doze ainda estão de pé, seja ainda como teatros, como os grandes edifícios do Theatro Municipal de São Paulo ou o Teatro São Paulo. Um grande edifício, como o teatro Oberdan por exemplo, permanece de pé, ainda que utilizado para atividades comerciais. Como ele, ainda há outros poucos.

O segundo período, que estamos trabalhando no momento, se inicia em 1930, com vitória da revolução varguista. A partir desse momento, políticas culturais oficiais começam a ser sistematizadas e implementadas, alterando por completo o panorama artístico do país. Além disso, na área teatral especificamente, o advento do cinema falado muda por completo a relação do teatro com seu público e o faz mergulhar numa grande crise diante da escassez de espaços de apresentações. Quase todos os teatros se transformam em cinemas. A classe artística se movimenta então e cobra das instâncias governamentais soluções para o problema. Assim, o marco temporal final dessa fase elege 1955 como baliza, data quando novos teatros da prefeitura são construídos para tentar responder àquelas demandas.

Para o futuro, pretendemos dar continuidade ao trabalho abordando os períodos de 1955-1964, 1965-1985, 1986-1999, 2000-202…

Equipe

  • Coordenadora
    Prof.ª Dr.ª Elizabeth Ribeiro Azevedo, Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
  • Consultoria de sistemas
    Prof.ª Dr.ª Isabel Cristina Italiano
  • Sistemas
    F. A. C. CAMARGO SOLUÇÕES EM TI
  • Bolsistas
    Camila Florio Nádia Saito Bruna Medeiros Marcelo G. Callas Juliana Matsuda Marina A. Leonardo Conrado S. Santos Victor Mauric Luana Costa Brambila Taissa Rosa Ribeiro Yasmin Santos Pedroso Isabela Porto Oliveira Peruzzi Julia Marcon
  • Auxiliar administrativa
    Eloísa C. Salles
  • Design
    Estúdio Claraboia
  • Desenvolvimento
    Mandelbrot

Contato

O Inventário da Cena Paulistana é constantemente atualizado com novas informações, documentos e imagens. Se você tem dados ou material sobre algum dos teatros ou salões aqui apresentados, ou sobre outro do qual não falamos, por favor, entre em contato conosco.

cdt@usp.br